Devaneios

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Devaneios

Me são desconhecidas as ruas dessa cidade, seus ônibus, suas praças, sua gente.

domingo, fevereiro 24, 2008

Vegetariana, eu? Não, não

Recentemente eu tenho topado com alguns vegetarianos, fisicamente ou talvez em textos na internet. Acontece que eu tenho um lado vegetariano, mas acontece que esse lado odeia legumes e verduras. Não, eu não estou de sacanagem... Eu sinto nojo quando me dou ao trabalho de pensar nos animais mortos que como, e quando penso na forma que matam os bois, galinhas, enfim. Eu simplesmente adoraria a idéia de ser vegetaria, mas nessa idéia há um problema fundamental. Eu tenho nojo de legumes e verduras, não de olhá-los, mas sim, da possibilidade de comê-los. O meu problema não é nem o gosto, mas sim a textura deles, e o barulho que eles fazem ao serem mastigados. Eu sinto vontade de vomitar quando mastigo, inadvertidamente, uma cebola cozinhada. Então, como ser vegetariana? Então, como deixar de ser esse animal carnívoro que sou, se é tão suculento um coração de galinha, tirando a parte em que minha imaginação voa a imagem do coração, cru, sendo arrancado da pobre galinha depenada. Minha única solução é continuar no meu estado animalesco, manter a imaginação sob controle e dar meus bons votos de que os vegetarianos continuem vegetarianos, pois afinal o mundo bem que necessita de seres iluminados e superiores a mim.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Gente especial é coisa do "destino"

Incrível essa tendência generalizada que as pessoas têm de se acharem especial. É como se algo, talvez o alinhamento singular das estrelas , ou qualquer uma dessas baboseiras de sempre, estivesse profetizando o quanto o seu destino será especial. Mesmo que, no presente, sua vida não seja nem um pouco especial, e nada indique que seu futuro seja diferente. Ainda assim, você não consegue escapar dessa esperança interior de que algo de terrivelmente bom e misterioso, chegue para dar aquele solavanco que você estava esperando e tornar seus dias brilhantes.
Eu, como todas as pessoas, não escapo dessa tendência geral. Eu ainda estou esperando aquela coisa que vai me tornar diferente, especial, feliz. Embora, não deseje, ao contrário da maioria das pessoas, que essa coisa maravilhosa seja o amor ou o dinheiro. Não que eu não ambicione o amor e o dinheiro, mas essas coisas, se é que se possa dizer sem parecer extremamente mentirosa, estão em segundo plano. O que eu mais queria mesmo, e desejo com todas as minhas forças, é ser lembrada na história, mas como a época dos grandes feitos históricos já passou, e como eu tenho uma tendência a me achar demasiadamente incapaz, mesmo pra escrever um livro que todos achariam foda e que me tornasse super famosa e respeitada no meio literário ou até mesmo na academia, eu me contentaria em apenas viajar anônima pelo mundo todo, não sendo mundialmente conhecida pela minha inteligência e criatividade, mas apenas deixando boas lembranças na vida das pessoas que eu fosse conhecendo.
Mais, mesmo assim, mesmo reduzindo meus sonhos ao menor grau que eu consegui achar, para que ele continuasse sendo considerado um sonho, eu continuo achando-o impossível de se realizar. Afinal, eu sendo eu, continuou extremamente acomodada, e acomodados não saem de casa, acomodados não arranjam emprego, acomodados não mudam de cidade, que dirá de país. Resumindo, acomodados não realizam sonhos, então o que fazer para me tornar especial? Acho que terei de continuar, como a maioria das pessoas, apenas desejando que algum dia, o alinhamento singular das estrelas, torne-me o que eu por mim mesma não sou capaz, uma pessoa especial, especial por ser realizada.


quarta-feira, fevereiro 06, 2008

A natureza das coisas


Está ai uma das coisas mais constantes e menos versátil. A natureza de uma coisa pode ser definida pelo que ela é por excelência, e é também, como já foi dito uma coisa que não costuma se mover ou alterar, ao menos, quando toma uma forma definida. Podemos dizer que chega numa altura da vida de uma pessoa em que ela ganha uma forma definida, não se trata de forma física e sim de uma forma de ser, essa forma é a sua natureza, ou, o que a natureza fez com ela. É do meu costume comparar as pessoas a simples pedaços de ferro na mão de um ferreiro cheio de vontades, a pessoa se torna o que o ferreiro determina, de acordo com os golpes que o ferreiro, ou a vida, lhe deu. E é assim que a natureza das coisas se faz, quase, inflexível. É claro que o ser humano é passível de mudanças, mas isso é uma coisa rara e que ocorre apenas por mais golpes do feliz ferreiro.

Assim é, que eu, na condição de ser humano, também recebi diversos golpes, e me tornei essa pessoa delicada que muitos conheces e da qual poucos se agradam. Eu, talvez por presunção, julgo conhecer grande parte da minha natureza, portanto sou bastante conformada com certas coisas da vida e encaro a maioria das coisas com muita naturalidade. Eu entendi, com os golpes devidos, que nunca poderia ser a melhor amiga de ninguém, pois a minha natureza não se moldou para isso, eu sou uma pessoa desconfiada, uma pessoa que coloca seu bem estar acima do dos outros e que impõem muitas limitações para a maioria das coisas que faz, isso me torna imprópria para o papel de melhor amiga, mas como já disse, sou uma pessoa conformada, não exijo dos outros, o que não posso dar.

A natureza das coisas, logicamente, inclui a natureza das coisas com defeitos, e eu, logicamente, tenho os meus. Dos quais, confesso, tenho grande orgulho, o que também é um dos meus defeitos. Porém, eu admito, há um defeito meu que me incomoda, sou uma pessoa dura, principalmente comigo, mas também, com os outros. Se fosse apenas comigo eu não acharia um problema, mas acontece que, muitas vezes, eu cobro das pessoas, a mesma firmeza que eu cobro de mim, isso é muito desagradável, principalmente porque ninguém consegue tirar da minha cabeça, nem eu mesma, mesmo sabendo que é errado, que as pessoas não tem que ser tão duras ou tão firmes quanto eu.

A natureza dos meus defeitos não para por ai, talvez eu seja uma pessoa um pouco orgulhosa demais, auto-suficiente demais, dura demais, ou talvez, eu apenas me ache tudo isso demais. O fato é que eu espero que as pessoas resolvam os problemas delas sozinhas. Trata-se até de uma questão de evolução espiritual, achar a resposta pros seus problemas, afinal ninguém nasceu grudado em ninguém, todo mundo nasceu só, com os seus problemas, com as suas dúvidas, com as suas questões. Felizmente, eu sou um pouco menos dura com os meus amigos, não tão menos dura do que eu gostaria se ser, mas, ao menos, um pouco menos dura, eu consigo me mover para eles, a fim de lhes aconselhar, mas isso é muito raro, o que me torna muito relapsa com as amizades, mas enfim, é a natureza das coisas, é a minha natureza... já esta moldada, é NATURAL!

sábado, fevereiro 02, 2008

Joelho esfolado

Que vergonha! Completamente embriagada, no primeiro dia do carnaval... Minha irmã comprou uma bebida ai e nós bebemos, chegando em Olinda foi o circo dos horrores, bafões a perder de vista, mas isso não foi o pior, cheguei em casa bebada. Sim!Em casa bebada... Meu pai, minha mãe, todos viram. Nay sempre me ensinou, a família nunca pode saber tal coisa, nunca pode nem imaginar. E eles agora sabem, eles agora viram. Bebada, vomitando, etc. Minha vergonha não tem limites. Onde estão todos os ensinamentos, disfaçar, chegar em casa quando a lombra passar e blá, blá, blá... onde???