Devaneios

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Noite Infeliz

Sinto que perdi algo, essa sensação não me deixa, mas não é só sensação, afinal eu realmente perdi algo, muito importante. Cadê o Natal dentro de mim? Será que é porque deixei de acreditar em Deus? Eu já tinha deixado de acreditar ano passado? Porque no ano passado o Natal ainda estava em mim? O que teve de diferente essa ano? Fora o fato dele ter sido uma bosta, sim, porque finalmente eu me sinto com toda a liberdade pra admitir que 2008 não foi bom de maneira alguma, e olhe que eu sempre fui muito condescendente com os anos em geral... Por que esse ano não termina de uma vez? O que aconteceu de bom em 2008? Certo, eu consegui um estágio, que vale lembrar até agora não começou, o que o coloca numa situação de promessa. O que teve 2008 de bom? Algo realmente sólido... Porque se for pra dizer o que teve de ruim eu posso enumerar algumas belas coisas. E porque esse ano não termina? Que final de ano pra se arrartar da porra! Parece final de novela da globo. Deus me livre! Por favor, 2008, tenha a decência de admitir que você deu um péssimo show, desista do palco e vá embora caladinho. Quando a você 2009, Mad tem uma teoria de que os anos ímpares arrasam, espero que não sejam promessas vãs, eu quero uma compensação por todas essas mazelas.

terça-feira, dezembro 02, 2008

Suspiros rasgados

Suspiros rasgados, que me cortam o peito. Suspirar sempre me foi algo de muito fácil, saia sem que eu me desse conta, eu só percebia quando não me pertencia mais, quando escapava levando algo de mim, minha alma. Agora está difícil, os suspiros me deixam ferindo, alardeando sua presença. Algo está errado, mas isso eu já sabia. Por que se fazer presente assim, me cobrando ações, soluções que não tenho? É final de ano, não importam aqueles mais céticos que eu, que não veêm nisso nada de especial, há sim algo de especial, e é inegável, tem um significado indescritivel, é espiritual, mas meu espirito está cansado, me recuso a confessar de quê. Eu estou tentando, me deixem em paz, deixem meu peito em paz, parem de me dilacerar, finjam que tudo era como antes, voltem a escapar sutilmente, como se eu e vocês fossemos independetes, como se vocês não levassem consigo um pedaço de mim. Prefiro assim, é mais limpo, mais contemporãneo, eu sem conhecimento de minha dor.